sexta-feira, 4 de setembro de 2009

1250) Treze 0x2 Corinthians (16.3.2007)



Vi o jogo de anteontem pela Bandeirantes (a Globo do Rio estava exibindo Paraná x Flamengo). Sei que o Treze não anda bem das pernas. Ver que o quadrangular decisivo do primeiro turno está sendo disputado entre o Campinense e Os Três Irmãos Sertanejos é brincadeira... Mas, torcer é acreditar no impossível. Plantei-me diante da TV e cruzei os dedos. O Corinthians está em franca decadência. O time está tão ruim que eu só penso que é complô dos jogadores para derrubar Leão. Mas jogou em ritmo de treino e tirou o Galo logo no primeiro jogo. O Treze até que teve alguns acessos no primeiro tempo. Chutou umas bolas perigosas, perdeu os habituais gols-feitos, e teve um pênalte não marcado a seu favor, mas numa jogada tão confusa e rápida que não dava mesmo para o juiz ter visto.

O Corinthians fez um gol impecável de contra-ataque, bola cruzada na cabeça e testada de cima para baixo. Logo após, perdeu um gol com a barra escancarada e permitiu que o Galo continuasse vivo. No segundo tempo, fez o gol que o Treze tentou fazer várias vezes no primeiro: falta na quina esquerda da área, bola cruzada no segundo pau, e um “thierry henry” aparecendo não se sabe de onde para tocar para dentro. O jogo acabou nesse lance. O resto foi aquele cerca-lourenço no meio de campo, o time que se considerava pequeno atacando meio às cegas, e o time que já foi grande recuado, chutando bolas pro mato. Vi as arquibancadas do Amigão repletas, e só lamento que o jogo não tivesse sido um pouco melhor, para animar a galera a vir de novo. Muito torcedor bissexto fica anos sem ir ao campo porque no dia que vai acontece uma derrota, uma pelada, ou as duas coisas juntas.

Curiosamente, foi um jogo com quatro expulsões mas não foi um jogo violento. O número de faltas é que foi alto, e no segundo tempo já estava todo mundo com cartão amarelo. Mas violência, felizmente, não houve. Para evitar passarmos de novo o constrangimento que tivemos em 2005 quando perdemos nos pênaltis para o Fluminense e os inconformados fizeram uma série de besteiras, motivando a interdição do Amigão. Tivemos que fazer uns jogos de portões fechados na Série C e acabamos nos dando mal.

A Copa do Brasil é a competição ideal para times medianos como os da Paraíba, os quais, se souberem se preparar, têm tudo para enfrentar de igual os tais times grandes daqui. Infelizmente, o Treze também teve uma decadência visível de 2005 para cá. O futebol que mostrou quarta-feira foi esforçado, correto, mas sem brilho, sem vibração. É a síndrome do time pequeno contra o time grande: entra em campo achando que só o fato de estar jogando aquele jogo já é honroso o bastante, e se dispensa de tentar ganhar. É uma pena, porque a Copa do Brasil pode ser conquistada numa série de 6 ou 7 disputas mata-mata. Não existe título mais acessível para os times pequenos que não conseguem manter uma continuidade de resultados ao longo dos 40 jogos de um Campeonato Brasileiro.

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