terça-feira, 2 de junho de 2009

1063) World Wide Web (12.8.2006)


(Tim Berners-Lee)

Tomei café, liguei o computador, e fui no Expecting Rain, um saite dedicado a Bob Dylan, gerenciado e mantido por um cara da Noruega. Fui ver se tinha algum comentário sobre o disco novo. Lá fiquei sabendo que neste mês de agosto a World Wide Web, ou WWW, está completando quinze anos de existência. Foi em agosto de 1991 que Tim Berners-Lee divulgou as informações necessárias para que se criassem links instantâneos entre documentos situados em computadores em diferentes partes do mundo, conectados entre si por redes telefônicas. Ou seja: o equivalente a você pegar o telefone, discar uma série de algarismos, e o telefone tocar na casa de um amigo seu que mora na China. O primeiro servidor (o local onde se arquiva um número indefinido de páginas linkadas) foi montado em dezembro daquele ano, na Universidade de Stanford.

Uma vez li uma entrevista com Tim Berners-Lee e o repórter lhe disse: “Você poderia ser um milionário se tivesse explorado comercialmente o que criou. Por que não quis?” E ele disse: “Pra que ser milionário, quando você pode mudar o mundo?” Os jovens de hoje não sabem, mas trinta anos atrás “mudar o mundo” era o sonho da maioria dos jovens (os jovens de hoje acham que ser milionário é mais interessante, e de preferência sem trabalhar). Berners-Lee é um dos poucos cidadãos que podem dizer que mudaram o mundo. Não o fez sozinho, claro, mas, como Colombo, ou Newton, ou os Irmãos Lumière, ou Santos Dumont, foi através dele que o conhecimento acumulado da Humanidade deu o salto qualitativo para uma nova descoberta.

Em tempos normais eu não passo menos de quatro ou cinco horas por dia conectado à WWW. Lendo jornais e revistas, principalmente. Eu não dependo apenas do “Jornal Nacional” da Globo para saber o que está se passando. Tem bombardeio no Líbano? Posso consultar toda manhã o saite da TV Al-Jazeera (http://english.aljazeera.net/HomePage) para ver um ponto de vista árabe, ou o saite do Haaretz (http://www.haaretzdaily.com/) para ver um ponto de vista judeu. Qualquer um de nós pode ler qualquer jornal importante do mundo, todo dia. Basta ir num computador (pode ser o de um café, ou do colégio) botar o nome do jornal no Google, e clicar no link.

Em tempo de blogs, que podem ser atualizados a qualquer momento, os blogs de jornalistas profissionais podem nos dar informações essenciais sobre os fatos à medida em que eles se desenrolam. Sobre política brasileira, eu olho com freqüência o blog de Ricardo Noblat, em Brasília (http://noblat1.estadao.com.br/noblat/visualizarConteudo.do). Mas as opções são inúmeras. Dê um pulo, coleguinha, no saite Cyberjournalists (http://www.cyberjournalist.net/cyberjournalists.php?NF=1) onde há links para mais de 400 blogs de jornalistas, especializados em qualquer assunto, espalhados pelo mundo inteiro. E eu sou tão saudosista que lembro com carinho dos tempos em que eu juntava dinheiro para comprar a revista “Time” toda semana!

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